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A Grande Final do VCT LOCK//IN pode ser resumida em apenas uma palavra – emoção. Haviam milhares de torcedores presentes no Ginásio Ibirapuera, todos ansiosos para ver a LOUD em mais uma final e agora no Brasil. E o show foi entregue, mesmo com a derrota, por 3-2, contra a Fnatic. Confira como foi essa grande partida, que marcou o início do ano competitivo do VALORANT internacional.

LOUD x Fnatic – Um show, do início ao fim

LOUD e Fnatic, no confronto valendo o troféu do VCT LOCK//IN
LOUD e Fnatic, no confronto valendo o troféu do VCT LOCK//IN – Fonte: Divulgação/Valorant Esports

De um lado, o último representante das Américas, do outro, da EMEA. Mais uma vez, a rivalidade Europa e América voltou a brilhar nos palcos internacionais. Não é de agora que o tema sobre, quem é a melhor região, vem sendo discutido. Em todas as principais competições, Masters e Champions, houve, ao menos, um time dessas regiões.

Ao todo, foram 3 títulos para região do EMEA (2 Masters e 1 Champions), contra 3 títulos das Américas (2 Masters e 1 Champions). Ou seja, estavam empatadas as regiões, fazendo com que o LOCK//IN fosse o grande desempate. Além disso, a LOUD estava na busca de ser a primeira equipe a receber dois títulos internacionais. Até hoje, não houve um time que conseguiu vencer duas competições.

Então, com todas essas nuances cercando o confronto, com a adição da torcida, tivemos o preparo desse grande show. Contudo, antes da partida, os torcedores foram agraciados com a revelação do novo agente, Gekko. Se você não viu, não se preocupe, confira aqui, tudo sobre o novo Iniciador (junto com as suas habilidades).

O pick e ban dos mapas ficaram da seguinte forma:

Primeiro mapa – Ascent

O mapa da Ascent voltou a aparecer como uma escolha da LOUD. A equipe, durante 2022, marcou a sua história no mapa, conseguindo grandes feitos. Inclusive, as suas táticas foram pautas de constantes análises, surgindo conversas sobre a busca de como anular o mapa dos brasileiros. Com isso, era esperado um grande show, com essa escolha.

Contudo, visivelmente, a Fnatic soube estudar o mapa da LOUD, apresentando escolhas e táticas incrivelmente inteligentes. Jogando de Jett, Skye, Omen, Viper e Killjoy, a LOUD acabou ficando nas mãos dos europeus. A Fnatic optou por trazer Jett, Kay/O, Sova, Omen e Killjoy, dois iniciadores, com um grande poder de avanço.

Logo na primeira metade, vimos uma defesa bem sólida, por parte da Fnatic. Foram poucos momentos nos quais a equipe ficou em situação de placar apertado. À medida que o jogo ia avançando, a LOUD ia ficando mais para trás, virando os lados numa desvantagem grande, em 8-4.

Na troca de lados, a LOUD até tentou reverter a situação, mas o placar elástico se mostrou complicado. No menor dos deslizes, a Fnatic conseguia crescer, deixando os brasileiros totalmente aflitos. Ao fim, por conta de tal vantagem a Fnatic venceu o primeiro mapa, com um placar de 13-8.

Segundo mapa – Fracture

A Fracture é um mapa bem complicado. Normalmente, as equipes brasileiras, em geral, não performam muito bem. Os times estrangeiros possuem um estilo mais agressivo, usando da Neon, para confundir qualquer tipo de tática. Contudo, nesse mapa, não vimos a Neon sendo usada, mas o modo de jogar, bem agressivamente, ainda esteve presente.

Jogando de Raze, Breach, Fade, Brimstone e Killjoy, a Fnatic estava bem preparada. Do outro lado, a LOUD escolheu jogar de Jett, Raze, Breach, Brimstone e Killjoy, mais uma vez a composição de dois duelistas.

Na primeira metade, os torcedores estavam totalmente aflitos. Mais uma vez a LOUD estava atrás, sofrendo com o ataque europeu. Contudo, depois de uma pausa tática, os brasileiros conseguiram segurar um pouco e conseguiram empatar o placar, indo para o ataque mais aliviados.

Contudo, quando a Fnatic foi para a defesa, conseguimos ver a força da composição. As rotações eram rápidas, anulando qualquer tipo de ataque. A LOUD chegou a pontuar apenas uma vez, perdendo por 13-7.

Terceiro mapa – Split

Split está sendo um mapa que vem surpreendendo os espectadores. Depois das suas mudanças, muitos dos antigos problemas foram sanados e novas composições vêm sendo testadas. Por exemplo, a Fnatic escolheu jogar de Jett, Raze, Omen, Cypher e Sage, ou seja, dois duelistas e dois sentinelas, sem iniciadores. Enquanto que a LOUD, jogou de Jett, Raze, Skye, Astra e Viper, dois duelistas e dois controladores, sem nenhuma sentinela.

Na primeira metade, vimos as duas equipes disputando a todo momento. A troca de rounds era constante e poucas vezes alguém conseguia disparar. Contudo, a LOUD acabou se sobressaindo, trocando de lado com uma pequena vantagem, de 7-5.

Com isso, indo para a defesa, os brasileiros mostraram para que vieram. Foram rodadas conquistadas com muita comemoração, fazendo com que o show prevalecesse. No final, a LOUD respirou e levou o seu mapa de escolha, por 13-9.

Quarto mapa – Lotus

Depois de muita espera, a Lotus da LOUD apareceu. Desde as fases iniciais, o mapa estava sendo banido, por parte dos seus adversários. Com isso, ninguém sabia os motivos por trás de tal escolha. Poderia ser por conta dos treinos, dificuldade em jogar o mapa ou até mesmo um banimento padrão. Contudo, por ser uma escolha da Fnatic, algo estava sendo tramado.

Na fase de escolha de agentes, vimos duas composições diferentes. A LOUD escolheu jogar de Jett, Skye, Habor, Viper e Killjoy, focando em dois controladores, optando em fazer mais controle de espaço, negando visão e informação. Do outro lado, a Fnatic escolheu jogar de Raze, Fade, Astra, Viper e Killjoy, com mais dois controladores, mas usando o poder da Astra, que consegue trazer uma maior versatilidade.

Na fase inicial, a LOUD conseguiu, depois de tomar 3 pontos, fazer mais uma reviravolta. O modo de jogar na Lotus mostrou o motivo do banimento. A equipe estava extremamente sincronizada, mostrando muita sabedoria na forma de atacar. Com isso, a equipe virou de lado, com um placar de 7-5.

Quando inverteram os lados, esperava-se que a Fnatic fosse mudar completamente o modo de jogar. Por ser um mapa com três bombs, muitos julgam que o ataque acaba sendo bem mais favorável. Contudo, não foi isso que aconteceu no confronto. A LOUD foi absoluta e fez uma defesa fortíssima. Dessa forma, a equipe brasileira venceu por 13-8, levando a decisão para o quinto e último mapa.

Quinto mapa – Icebox

E então chegou no quinto e último mapa. Além de todo o nervosismo criado no ar, a torcida estava ensandecida. Era o Brasil em mais uma Grande Final, conseguindo reverter um resultado negativo. Do início ao fim, ambas as equipes estavam entregando o seu máximo, tudo para se consagrar como a grande campeã.

Na parte das composições, tivemos escolhas diferentes, mostrando qual era o foco de cada equipe. Pela LOUD, tivemos a presença de Jett, Skye, Harbor, Viper e Killjoy, mostrando, mais uma vez, a preferência da equipe por dois controladores. Por parte da Fnatic, tivemos a presença de Jett, Sova, Viper, Killjoy e Sage, com dois sentinelas, que conseguiam impor um controle territorial absurdo.

Na primeira metade, só deu LOUD. Os brasileiros fizeram um ataque absurdo. Cada avanço era certeiro, conseguindo anular as rotações. Com isso, o placar de 9-3 trouxe um ânimo grande para os jogadores.

Contudo, quando os lados viraram, foi a vez da Fnatic brilhar. Por conta de decisões erradas e jogadas estudadas, por parte da equipe europeia, vimos o placar, cada vez mais, ficar apertado. No final, o empate chegou, trazendo um misto de emoções. Contudo, com dois pontos seguidos, a Fnatic conseguiu vencer o confronto e se tornou a grande campeã do VCT LOCK//IN.

Leo, o iniciador da equipe europeia, acabou recebendo o prêmio de MVP da série. Sua performance foi extremamente importante para o título da equipe, mostrando uma sabedoria fora do comum. Contudo, deve-se prestigiar o Less, jogador da LOUD. Além dele ter conseguido uma performance excelente, o mesmo se encontra em um processo de adaptação. De acordo com informações passadas, o jogador deseja se tornar o Second Caller e, quem sabe, um futuro IGL.

Equipe da Fnatic, com o troféu do VCT LOCK//IN
Equipe da Fnatic, com o troféu do VCT LOCK//IN – Fonte: Divulgação/Valorant Esports